( foto taken from : http://de.gosupermodel.com/frontpage/news.jsp?news_id=2956)
Marrocos - no mesmo dia a noite!
Nazira estava na cozinha preparando algo para comermos, afinal ele nao almocou direito, e isso nao é tipico do Addi.
Como todos os árabes ele sabia se alimentar bem, e o almoco era importante, nao só pela alimentacao, mas para nos reunirmos - para manter os lacos familiares.
*No Brasil, alguns anos atrás também foi assim, mas isso tudo está diferente agora.
O sistema montou bem uma engenharia social truculenta, que está desde anos, sem muitos perceberem destruindo; a família, a uniao por amor entre homens e mulheres, respeito dos filhos que deveriam ter pelos pais - enfim tudo que poderia ser saudável para uma estrutura familiar e social está sendo destruido.
Mas, essa destruicao foi feita para as famílias do povo, os ricos mesmo sempre conservam a familia deles e nunca aceitaram esses modernismos- nocivos, pois se eles aceitarem vao se destruir, e o poder deles vai acabar.
Mas o povo pensa que o que é para eles é para os ricos e poderosos também.
E nao é bem assim, e isso e o que Addi tentava amenizar, pois como ele disse, mudancas somente viria quando todos tivessem acesso as informacoes, conhecimentos, educacao...
Um povo educado nunca mais aceitaria ser manipulado, usado, escravizado.
Se soubesse que essas coisas " que estao moldando uma nova sociedade" nunca vai ser aplicado nos ricos, pois eles estao longe de tudo isso - a familia continua sendo cuidada, seus filhos protegidos, e sempre vao gerar muitos filhos para continuarem e manterem o patrimonio que construiram durantes geracoes, dinastias etc..." com certeza o povo iria exigir mudancas e o fim dessa escravidao.
Addi estava na praia, tinha ido nadar, eu percebi algo de estranho nele assim que ele me disse que iria nadar e nao me chamou.
Depois da nossa conversa do dia anterior, ele continuava carinhoso, como eu disse ele nao mudava, a pesonalidade dele era uma só, suave, doce, amigável, terno...gentil...
Mas, havia algo que o estava deixando diferente...talvez por ter se decepcionado comigo ao saber que eu estava incomodada com "idade, juventude, e outros medos ligados a isso".
Me senti um pouco vazia, na verdade era um sentimento sem que palavras pudessem descrever.
Uma mistura de sentimentos...eu nao sabia nem como agir quando o vi indo para a praia, me beijando com carinho e dizendo que voltaria em alguns minutos.
Foi tao supreendete para mim que eu fiquei sem acao!
Normalmente teria me levado junto, para que eu o assistisse ou mesmo para ficar no colo dele na agua, enquanto ele nos levava para mais fundo...
Mas, dessa vez ele nao parecia me desejar ao lado dele...por que?
Fui até nosso quarto, abri a grande janela de vidro...fui pro terraco, de lá consegui ve-lo... nadava para longe...era apenas um ponto de tao distante que estava...
Fiquei aflita...e se tivesse uma caimbra, ele estava sozinho...decidi ficar até que ele voltasse..
Fiquei ali olhando o horizonte, tentando manter minha vista presa no Addi, que mais parecia um ponto em movimento... tao distante!
Alguns minutos ele estava retornando...segurava a toalha na mao e vinha em minha direcao.
Com aquele porte incrível, era majestoso aquele homem!
Eu estava meio sem graca, sentadinha ali numa das cadeiras do terraco... o olhava querendo decifrar o que ia em seus pensamentos...
Ele enxugou um pouco seus cabelos, jogando os fios teimosos da farta negra cabeleira para trás, deixando mas visível aqueles lindos e ternos olhos de duas cores (um mais verde do que o outro)
Estendeu a mao para mim e disse:
-Come with me now! (venha comigo agora)
Eu me senti tao feliz em ver sua mao estendida para mim, saber que poderia senti-lo de novo e perscrutar os seus sentimentos, pensamentos, atitudes e palavras...
Ofereci a minha mao, ele me levantou da cadeira me pegando no colo, em seguida me beijou para dissipar qualquer dúvida minha sobre se ele ainda me amava.
Provavelmente sentiu que eu estava sentindo-o estranho, um pouco estranho - e por isso deve ter me beijado daquele jeito, para com isso dizer-me:
- Veja apesar de tudo, eu te amo e nada mudará isso!
Depois me colocou de volta no chao.
-Let s go to water, I wish you now my love!
(vamos pr´agua, eu desejo voce agora meu amor!)
Antes de chegar a água ele me pegou no colo, pois como sou muito pequena, nao alcancaria ir para o fundo...no seu colo, olhando sem parar para aquele amor vivo em forma de homem meu coracao batia mais rápido, minha pele em febre, ardia num fogo, parecia que ia entrar em erupcao...o mesmo fogo corria minha espinha, meus lábios se entumeciam...todo meu corpo se preparava para amar e ser amado.
Depois do intenso amor, me olhando bem dentro dos meus olhos, beijando e beijando disse-me:
_ I love you and I dont allow you doubts of this while you re beside me.
(eu amo voce e nao permito que duvide disso enquanto estiver do meu lado)
Ele se referia as dúvidas que pairaram na minha cabeca, pois ele percebeu que eu, somente porque ele foi sozinho nadar, já comecava a pensar que ele mudou para comigo ou mesmo nao me amava.
Ele me conhecia bem, sabia que fico logo insegura diante de mudancas nas pessoas, até isso ele também sabia de mim.
Me levando ainda nos bracos, brincando que me deixaria cair, fingindo tropecar... querendo me jogar para cima...nesse jeito, com gracinhas e no meio das brincadeiras voltamos para casa.
Depois de nadar e do amor, estávamos famintos...fomos para cozinha como estávamos...sem nos banharmos..
Nazira trouxe um roupao para ele, e uma toalha para mim, com certeza nao sabia onde estava o meu, pois eu ainda nao tinha aberto o meu novo roupao de praia, estava no pacote dentro do armário que guardávamos presentes...
Coloquei a toalha na cadeira para proteger e sentei, Addi se colocou por trás e secava meus cabelos com o roupao dele.
Nazira olhou-o, nao gostou do que viu, resmungou algo e se foi, voltando depois com mais toalhas.
Voltando-se depois sua atencao para as panelas, cantarolava enquanto montava a mesa com algumas coisas para nós...mas já estava quase na hora dela ir embora.
Nós dois nos olhamos...Addi entendeu o que eu pensei...ele olhou para ela e disse para se ir, se quisesse ele poderia levá-la. Nos preocupávamos com ela, sempre a nos cuidar, sozinha fazendo tudo.
Ela disse que nao precisava se incomodar, pois a familia sabia onde ela estava.
Addi comentou algo sobre os afazeres e pediu para contratar urgentemente duas copeiras, ele já tinha avisado a algum tempo sobre isso...
Ela nao poderia continuar a cozinhar, lavar e cuidar da casa...era muito trabalho para uma só pessoa.
Nazira nao gostou muito, afinal ela sempre cuidou do Addi e da casa sozinha, mas confirmou que estava já com tudo quase organizado para as outras comecarem.
Addi piscou os olhos para mim e disse com um sorriso:
-Do you see how she feel good when we both are happy?
(voce percebeu como ela se sente bem quando nos dois estamos felizes?)
-Yes I do, that is wonderful from her, she be happy with our happiness, not many people can feel happy for others!
-(sim, e isso e maravilhoso da parte dela, ela ficar feliz por nossa felicidade, nao muitas pessoas podem sentir isso pelos outros)
-Yes habiby...look tomorrou we go early to doctor, organize your ideias, because the doctor will do many questions about your health, pregnances, blood etc.
(Sim habibi...olha! amanha vamos pro médico cedinho, organize suas idéias; pois o médico vai te fazer muitas perguntas sobre sua saúde; gravidezes, sangue etc.)
Ele tinha pressa de comecarmos a cuidar da chegada de um filho para nós dois.
Ele repetiu de novo para mim que o filho desejado nao era por capricho, ou para continuar o patrimonio do pai dele, ou dele mesmo, mas sim para continuar o trabalho dele de amor para com as pessoas, para com a natureza, para aqueles que necessitavam; enfim seria uma crianca muito amada, que seria protegida até que pudesse saber toda a verdade da vida, para que pudesse viver nesse mundo livre das mentiras que o poder costuma dar as pessoas para poder manipular a massa e continuar no poder.
Addi queria essa crianca para amar, para ser amado, para ensinaro que no futuro quando ela crescesse pudesse fazer o mesmo por outras pessoas, pela natureza, pelos animais...
Ele mesmo era um Ser de amor, ele era vida, isso e o que ele era, e o mesmo ele passaria para seu filho, nao somente na genética e no ensinamento - mas dividindo conhecimento, libertando seu filho de viver as custas da dor, sofrimento e miséria que outros sao submetidos para que o poder de alguns continuem nas mesmas maos.
Eu entendi tudo que ele queria me dizer...sabia que ele iria amar essa crianca mais do que qualquer outro homem que eu já tinha dado filhos.
Aceitei fazer tudo que fosse pedido pelo médico...ele ficou feliz!
Ainda que eu nao tinha trazido ao mundo nenhum dos filhos aptos para esse grande papel no mundo, eu sabia que um filho do Addi, sendo criado e orientado por ele, certamente seguira ao pai e sua obra, sua humanidade seria expandida.
Tomamos banho... Nazira já tinha se ido, eu peguei um livro e me deitei.
E ele me beijou e...e se foi para sala de exercícios...fiquei de novo estranha...nao esperava que ele me deixasse ali sozinha.
Mas, o que foi que houve, por que mudou de novo, será que mudou?
Chamei-o, queria ver nos olhos dele se havia alguma coisa que me dissesse que ele estava ainda disapontado ou chateado comigo...
Ele olhou com carinho de sempre, e me disse:
-What is, are you missing my kisses ...
(o que foi, voce está sentindo falta dos meus beijos...)
E voltou-se em minha direcao...me pegando no colo e jogando suavemente na cama...me encheu de beijos...
-So my lady is satisfited now! (entao, minha lady está satisfeita agora...!)
Eu concordei com ele, ainda sorrindo e jogando uma almofada na sua direcao.
Ele a agarrou antes dela cair e colocou na poltrona e se foi ...
Tentei esperar ele, mas as horas passavam e Addi nao voltava...eu queria ir até o quarto para ve-lo, saber o que fazia...mas pensei que nao seria muito bom, ele poderia pensar que eu o estava vigiando.
Me segurei ali na cama, forcando-me a ler...o livro continuava nas minhas maos, eu olhava aquele monte de letras, mas nao conseguia ler, nao conseguia me concentrar, o livro já comecava a pesar nas minhas maos, eu já estava entediada..
Sentia falta dele, nao entendia nada do que estava se passando...ao mesmo tempo que ele estava amoroso, eu continuava a sentir que havia alguma coisa no Addi...algo o incomodou, ou algo o estava incomodando..
Nao teve jeito, fiquei ali sozinha...me remoendo, morrendo de curiosidade...o tempo foi passando devagar...minha ansiedade me consumia, quanto mais eu o queria de volta, mas o tempo se arrastava...
Mas, o cansaco venceu...adormeci!
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Marrocos - próximo dia
Nao eram nem 5:00horas da manha, e ele me chamava.
-Fri, wake-up, it is time to we preper us
(Fri, acorde , está na hora de nos preparar)
Eu questionei do porque tao cedo, mas ele explicou que ele tinha que preparar algumas coisas com um primo, passaríamos na sua casa e de lá pro médico.
Me arrumei, peguei meu passaporte, a lista que escrevi com tudo que já usei de remédios, exames que já tinha feito, números de filhos que tive, idade deles, quando foi minha primeira mesntruacao, e tantas outras questoes que Addi iria traduzir para o médico, para que com isso pudesse me conhecer e saber como me tratar.
Estava mais dormindo do que acordada, praticamente o Addi me fazia andar, com carinho, com palavras suaves, com sua mao no meu ombro ia me fazendo ir e ir até chegarmos ao carro.
-Addi, Im so asleep...can I sleep on car?
-(Addi to com sono, posso dormir no carro?)
-Yes, of course you can...rest I will wake you when we be there
(sim, claro que voce pode...descanse..eu acordarei voce quando estamos lá)
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No médico
O médico era uma pessoa extremamente humana, daqueles médicos que quase nao vemos mais.
Nao se liga apenas nos remédios, nao se deixava comandar pelo poder dos laboratorios, mas sim no que podia fazer bem ao paciente, no que o paciente sente, pensa, já fez, ou deixou de fazer...
2 horas de conversa, coisa que normalmente a gente só ve 1 hora, e nos lugares mais pobres - 30 minutos de consulta corrida sem mesmo olhar para a paciente.
Meus bons médicos que tive no Brasil (particular) também eram assim.
Quando tive dinheiro realmente conheci médicos que cuidavam de mim, mas duvido que teriam feito se eu nao pagasse os altos precos das consultas e exames...
Esse médico também, será que atendia aos mais pobres - pensei!
Sem hesitar perguntei ao Addi, e ele confirmou que sim, ele suportava um programa de ajuda com o Addi - da parte do Addi era ajuda financeira e o médico ajudava com seus atendimento gratuito no local.
Me lembrei da minha maravilhosa cururgia plástica, ela também fazia reparacoes faciais num Hospital de Sao Paulo (esqueci o nome do Hospital, mas fica na Rua Rubens Berta), completamente gratis, para pacientes sem condicoes financeiras.
Ela merecia e merece cada pagamento que eu e outras pessoas fizeram e fazem, pois a Terezinha, além de competente é muito humana.
De família rica, sempre trabalhou por amor ao que fazia.
Sim, a minha cirurgia é muito humana, uma pessoa simples, e muito amável.
Ela operava e opera ainda muitos artistas, mas eu nao sou artista e ela nunca fez diferenca entre seus pacientes...ninguem no consultório dela passava a frente de outra por ser famosa ou qualquer outra coisa...saudades de voce Terezinha!
Quando Addi aceitou que fizesse a operacao plástica pensei logo nela, mas ao nao aceitar nenhum dinheiro do Addi, eu nao pude fazer, mas isso nao quer dizer que um dia, quando eu tiver dinheiro nao irei fazer, e quando isso acontecer vou procurá-la e fazer minha primeira operacao facial, nao confiaria meu rosto a nenhuma outra pessoa, somente confio nela.
O dia que isso acontecer colocarei todos os detalhes no blog.
O médico e Addi sorriam e conversavam muito, era uma atmosfera descontraida...ele nao estava nem um pouco surpreso de Addi amar uma mulher mais velha, nao criticava e nem me olhava com ar de reprovacao ou qualquer outro "ar" que me fizesse sentir mal.
Fisicamente ele disse que estava tudo bem, olhou o exame que eu havia feito no Hospital Albert Einstein em Sao Paulo, e confirmou que eu poderia ter filhos, que nada estava errado, mesmo assim ele queria fazer outros exames.
Concordei com tudo...Addi ficou esperando na sala, enquanto eu ia para lá e para cá com a atendente tirando sangue, fazendo testes.
Eu estava cansada...por sorte que vi Addi se despedir do médico...senti um alívio.
Ele estava animado, o médico nao estava preocupado com minha idade, ele apenas queria providenciar uma alimentacao especial, tudo a base natural, e com algo mais que nao entendi, deixei para lá, estava disposta a fazer tudo que Addi quisesse.
Ele me disse que iríamos parar em algum lugar para eu comer, nao queria que eu ficasse enfraquecida, achei ótima idéia.
Depois de comermos, voltamos pro carro, avisei que iria dormir de novo, tava ainda me sentindo tao cansada...ele concordou.
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De volta a casa
Chegamos em casa e ele subiu pro quarto comigo, depois agitado me disse para colocar a roupa que Nazira tinha separado para mim que estava no móvel do closet..
Tudo estava sendo tao rápido que eu nao estava tendo tempo para formar uma correta compreensao do que estava acontecendo ali.
Roupa, que roupa, e por que ...perguntei !
Ele me disse que eu nao iria ficar hoje na casa, estávamos indo para o deserto.
_Addi, which desert, why Desert? -Addi qual deserto e por que ?
-Fri, we have not much time, let s go, I will explain you, habibi please hurry up!
(-Fri, nós nao temos muito tempo, vamos, eu explicarei a voce, habibi se apresse!)
Eu me sentia cansada demais para enfrentar a viagem, ele nao queria ir de aviao, eu fiquei um pouco confusa, nao queria viajar, nao queria sair da casa agora...mas nao teve jeito.
Para minha surpresa depois de algumas horas encontramos o Jim.
Ele saiu do carro, comprimentou o Addi, acenou para mim, pois eu continuava dentro do carro com aparente aborrecimento e cansaco...
Addi voltou pro carro, e fomos seguindo o Jim, eu nem mesmo sentia mais vontade de saber o que estava acontecendo...fosse o que fosse minhas perguntas nao iriam modificar nada, pois quando o Addi queria algo ele fazia acontecer....
Chegamos num local onde o helicóptero nos aguardava...
Addi me ajudou a sair do carro, vi que o Jim e Addi foram para o porta malas do carro e so tirou uma mala de lá.
Uma mala que era a minha...fiquei ainda mais curiosa...e um pouco amedrontada...por que somente a minha mala, ele disse que nós iríamos pro deserto, mas agora estava apenas uma mala sendo retirada do porta-mala.
Será que ele estava me mandando embora da vida dele, estava me jogando para fora de tudo? Mas que tolice! como pude pensar isso, ainda que fosse por uma fracao de segundo, ele tinha me levado ao médico para trazer seu filho ao mundo...entao, o que estava acontecendo???
Nao era uma mala grande, era uma mala de mao, acho que Nazira a preparou, ele mesmo disse que ela a preparou...entao ela foi avisada, quando?
Ela e todos sabiam de algo que eu nao sabia
Sim,s eu mesma nao tive tempo nem de saber que estávamos saindo do médico para nos perdermos pelos deserto... viajando como agentes secretos num helicoptero.
Eu comecei a me inquietar...que droga tava acontecendo, eu estava perdendo o juizo!
Queria perguntar...ele falava todo o tempo com o Jim, eu ficava ali como uma parte decorativa já que nao entendia nada que falavam, nao poderia dar palpite e nem interferir no diálogo.
Esperei Addi falar comigo, mas tudo que recebi era sempre o olhar dele me examinando, buscando sinais de que tudo estava bem comigo....
Quando ele me olhava eu o olhava também quase como suplicando por explicacoes e seu olhar apenas me aquecia com ternura e logo mudava o focus para outra direcao....
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Chegamos em outro local...helicoptero parou, nos descemos, uma rapaz veio em nossa direcao...fomos indo para os carros que estavam parados..
Em um deles eu fui "enfiada" pelo Addi gentilmente, sem saber para onde ia... me senti uma bagagem, de lá para cá de cá para lá...
Homem árabe é assim, quando decide fazer algo, faz e tá acabado...ele prepara tudo, organiza tudo, sabe o que é melhor e sabe como faze-lo.
E de novo estávamos indo pro deserto, o que seria agora...por que ele estava me trazendo com aquela mala de mao...apenas a minha?
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No deserto
Dessa vez fomos para um Hotel...
Ele foi falar com uma mulher arabe ...conversou com ela, parecia que ela já sabia o que fazer comigo...somente eu mesma nao sabia o que estava acontecendo comigo e com tudo que estava ao meu redor...
Addi chegou perto de mim...me pegou pela mao e me levou para uma outra parte do Hotel
Sentou-se e me disse:
-Fri, we go to separate here....( Fri, nós vamos nos separar aqui...)
Meu coracao fechou, ficou tao apertado que pensei que iria morrer...
-How, what I done, what you means, are you leaving me, dont you love me anymore?
(Como, o que foi que eu fiz, o que significa isso, voce está me abandonando, voce nao me ama mais?)
Ele me olhou com o mesmo olhar terno de sempre e respondeu:
-I love you for all eternity, but it is time for you learn somethings...
-Eu amo voce por toda a eternidade, mas isso e tempo de voce aprender algumas coisas...)
Meus olhos se encheram de lágrimas, eu nao queria aprender mais coisas na minha vida que me dessem o sentimento que eu estava sentindo, sentimento de abandono, tristeza, eu nao queria mais sentir essas coisas...
Ele me abracou, me beijou selando meus lábios tremulos...obrigando-os a se manterem fechados
Eu queria tanto perguntar, eu tinha o direito de saber o que ele estava fazendo comigo e por que tudo aquilo?
Minha mala de mao estava ali, sendo levada pela mulher marroquina que falara arabe com ele.. enquanto que meu berbere estava me dizendo adeus...por que ?
-Addi, I wanna go back to Germany, I dont wanna know nothing else, you re strange with me, I dont wanna be alone here...
(Addi, eu quero ir embora de volta para Alemanha, eu nao quero saber de mais nada, voce está estranho comigo, eu nao quero ficar sozinha aqui...)
Mas, ele me beijou, me abracou , me prendeu dentro do seu corpo e disse:
-You need it, I will come back in one or two days...I love you Habibi...
(voce precisa disso, eu voltarei em um ou dois dias...eu te amo habibi...)
Continua.....