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Ainda em cartaz nos cinemas, Reflexos da Inocência é um filme diferente e interessante. Daniel Craig [Quantum of Solace (2008), The Golden Compass (2007) e Casino Royale (2006)] interpreta Joe Scott um ator em fase decadente no mundo de Hollywood. Seu modo de vida é basicamente cheio de sexo e drogas. Ainda atraente aos 40 anos, mesmo com seu vício em drogas, Joe leva uma vida solitária em sua mansão em Malibu, enquanto lá fora a opinião pública se voltou totalmente contra ele.
Ao receber a notícia do falecimento de um grande amigo de infância, Joe se vê forçado a enfrentar os fantasmas de seu passado. O início de sua sexualidade, seus amigos e suas ações como adolescente o levam a conseqüências inesperadas e trágicas, que por fim o forçarão a fugir em busca de uma nova vida.
O elenco é de peso: O jovem Joe é vivido por Harry Eden [Oliver Twist (2005)], sua mãe, Grace Scott é interpretada por Olivia Williams [Peter Pan (2003)], sua melhor amiga e namoradinha Ruth Davis, é vivida na infância por Felicity Jones [Brideshead Revisited (2008)] e na fase adulta por Claire Forlani [In the Name of the King: A Dungeon Siege Tale (2007), Meet Joe Black (1998) e "CSI: NY" como Dr. Peyton Driscoll]. A irmã de Joe é vivida por Keeley Hawes [Death at a Funeral (2007)].
O filme é razoável, não chega a ser bom, mas não é um longa digno de assistir no cinema. É uma bela história de drama, mas com uma péssima direção. Os personagens são bons e as atuações também. Deixe para assistir em DVD. O longa tem uma fotografia linda. É daqueles filmes que quase foi bom, mas algo não deu certo no contexto todo.
Confira o trailer ao lado.
bom filme!
roberta vieira
http://robertavieira.wordpress.com/2008/10/02/flashbacks-of-a-fool-2008-reflexos-da-inocencia/
http://www.thefilmfactory.co.uk/flashbacks/
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Reflexos da Inocência
Daniel Craig em drama independente movido a música
21 de Agosto de 2008
Reflexos da Inocência
Como diretor de videoclipes, Baillie Walsh é extremamente versátil. Os vídeos que ele dirigiu para Massive Attack, INXS, New Order, Oasis, Will Young e Kylie Minogue são narrativa e esteticamente muito distintos. Mas ao assisti-los todos percebe-se que Walsh tem alguns pequenos prazeres cinematográficos, como o uso de preto e branco ou cores bem saturadas, elegantes câmeras sutilmente lentas e, o mais interessante, a perseguição de seus personagens com a câmera sempre em movimento.
Reflexos da Inocência (Flashbacks of a Fool, 2006), seu primeiro longa-metragem de ficção, emprega boa parte dessas paixões - e descobre mais algumas no caminho.
O projeto foi produzido pelo novo James Bond, Daniel Craig, que também atua como o protagonista, Joe Scott. O papel é o de um astro arrogante que já teve seus dias de glória, mas vive hoje em busca do próximo grande trabalho, entre uma carreira e outra de cocaína, ensanduichado com prostitutas de luxo em sua belíssima - e fria - mansão à beira mar. Mas uma decepção o leva a um ato de desespero, através do qual ele relembra seus dias de adolescência - e os acontecimentos que o lançaram na direção da vida que tem hoje.
O filme é estruturado em dois grandes blocos: o hoje impessoal e luxuosamente monocromático da Los Angeles dos poderosos e o colorido e quente passado humilde à beira-mar na Inglaterra. As duas metades são tão distantes no visual quanto na emoção. Tal choque causa certa estranheza inicialmente, mas a direção de Walsh mantém o interesse até o bom clímax, que funde esses dois momentos de maneira satisfatória.
O cineasta estreante só erra feio a mão com a trilha incidental. A música sobe tensa todas as vezes que a personagem de Jodhi May, a vizinha, aparece na tela, prenunciando sem qualquer razão uma situação futura. Momentos antes da cena acontecer, já conhecemos seu desfecho em detalhes. Erro de principiante. Ou seria erro de alguém que ainda não se desvencilhou de seu passado nos videoclipes? Que precisa ter música o tempo todo para justificar a ação?
De qualquer maneira, a redenção chega rápido. E a obsessão com a música novamente aparece, agora sob uma luz positiva. A seqüência "glam", em que o jovem Joe (o limitado Harry Eden) dança enquanto seu primeiro amor (a bela e intensa Felicity Jones) dubla, numa poética e sexy câmera lenta, "If There Is Something" do Roxy Music, é hipnótica. Um videoclipe dos mais belos e simples já feitos. A música, que como o próprio filme é cheia de constrastes (note que a agulha começa na metade, pra pegar só a parte que interessa), embala um momento brilhante, que sintetiza a busca do personagem com uma ingenuidade que, como a letra explica, "takes me right back".
Se um momento pode valer um filme, não consigo pensar em exemplo mellor.