domingo, 11 de novembro de 2012

O Que Eu Mais Desejo (Kiseki) drama japones, Hirokazu Koreeda ( Cara Ushida, Hoshinosuke Yoshinaga,Isao Hashizume)




Titulo Original: Kiseki
Titulo no Brasil: O Que Eu Mais Desejo
Data de Estréia: 18/05/2012
Gênero: Drama
País de origem: Japão
Ano de lançamento: 2011
Tempo de duração: 128 minutos
Direção: Hirokazu Koreeda
Estudio: Imovision
Sinopse:

O filme O Que Eu Mais Desejo (Kiseki), se passa no Japão, na ilha de Kyushu, onde dois irmãos vivem separados após o divórcio de seus pais.
Koichi, o mais velho, de 12 anos, mora com sua mãe no sul da ilha e seu irmão mais novo Ryunosuke com o pai, no norte da ilha.
O que o irmão mais velho deseja, acima de tudo, é que sua família viva junto novamente.
Por isso, quando escuta de um amigoda escola a história de que um desejo pode ser realizado se feito no momento em que dois trens-bala se cruzam, ele decide organizar uma viagem secreta até o ponto de intersecção dos trens, onde o milagre poderá acontecer.
 http://www.dicasdefilmes.com.br/o-que-eu-mais-desejo-kiseki/


Publicado em 11/05/2012 por
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Explore. Indique. Divirta-se: http://www.guidu.com.br/filmes/

No Japão, na ilha de Kyushu, dois irmãos vivem separados após o divórcio de seus pais. O mais velho, de 12 anos, mora com sua mãe no sul da ilha e seu irmão mais novo, com o pai, no norte da ilha. O que o irmão mais velho deseja acima de tudo é que sua família se reúna novamente. Por isso, quando ele escuta de um amigo na escola a história de que no momento em que dois trens balas se cruzam você pode fazer um desejo que ele certamente se realizará, ele decide organizar uma viagem secreta até o ponto de intersecção dos trens, onde o milagre poderá acontecer.

As Flores de Kirkuk (Golakani Kirkuk – The Flowers of Kirkuk) Morjana Aloui- sherko Eser

Filme: As Flores de Kirkuk (Golakani Kirkuk – The Flowers of Kirkuk)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Part_86° Um homem árabe para chamar de seu, Um amante berbere - "Meu corpo templo do seu amor" Eu, homem, berbere, arabe...!

http://trasyy.livejournal.com/877772.html

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Prezadas amigas leitoras!
Dessa postagem em diante, o que quero contar vai exigir de mim que eu reviva e traga de volta muitas emocoes que me marcaram profundamente, que me marcaram com o selo explendido do amor e paixao sincera daquele homem. Nao tenho certeza se conseguirei transferir a voces, por simples palavras, toda a emocao que vivi com ele - nos dias em que ainda pude estar sob sua luz e presenca iluminada, momentos e dias que irei contar dessa postagem em diante...

Mas, certamente que tentarei...possivelmente nao conseguirei finalizar a postagem 86° nesse mesmo dia em que estou a escreve-la. Minhas emocoes estao fervilhando, meu corpo está recebendo de volta as lembrancas e a sensacoes que com elas foram imprimidas na minha alma e no meu coracao....estavam tao guardadas e protegidas, para que nao viessem a tona facilmente...
Desde que comecei a contar nossa historia, fui tomada de novo por todos os sentimentos lindos que com ele conheci, isso é bom, claro que é...mas doi, pois cada uma delas que revivo reforca a minha certeza que estou sozinha, e que foi tirada de mim a ultima chance de ter sido feliz e livre...permaneci no jogo e punida por ter tentado sair.
Cada emocao que me envolve de novo, me leva de volta aqueles dias, me leva de volta a Fri que nao existe mais, a uma mulher que considero a mais premiada nesse mundo, por ter conhecido aquele homem, aquele homem que soube amar e viver como nenhum outro homem que existe nesse mundo.
Ele era a perfeicao e viveu para aperfeicoar a vida torta que nos dizem ser tao reta e tao certa...

O segredo da vida e exatamente que ela nao é o que parece ser, nao é o que nos dizem, e dentro de nós está a lembranca de como tudo comecou, de como viemos parar aqui, e por isso, somos enganados diariamente pelas ofertas do sistema para continuarmos sem detectar que podemos lembrar, podemos desligar o funcionamente e motor que mantem esse jogo.
Todos nós temos vivido nesse mundo interpretando a vida erroneamente, pois a informacoes que nos deram sobre ela , sobre nós e tudo que nos cerca, sao misturas de verdade com mentiras ou ficcao (manipulacao desdes os primeiros tempos que nossa civilizacao e as antigas conheceram e conhecem).

Tiraram de nós a bula da vida, e nos deram apenas pistas, ou ideias de outros que dizem terem vivido antes de nós, pegadas do passado, livros antigos, tradicoes antigas, rituais antigos, nos fazem viver do passado, nos fazem ficar presos em coisas sem provas definitivas, nos fizeram e fazem adorar o invisivel, nos fazem temer, morrer, sofrer, padecer tudo em nome de viver , sobreviver e morrer sem conhecer a verdade, além de ter q obedecer regras de um sistema viciante e nocivo como o nosso é.

Nunca nos deram respostas concretas, anos passam, morremos e outros chegam e recebem as mesmas informacoes que vao deixa-los presos nas duvidas ate a morte, ou presos em inverdades, enganados e iludidos até o fim.
Nunca nos deram e ou dao algo certo e concreto pois nao queriam e nao querem que Interpretemos a vida como ela de fato deve ser interpretada e consequentemente vivida.
Nao querem que sejamos livres, nao querem que possamos nos libertar e largar o jogo que somos obrigados a jogar - jogadores cegos, manipulados desconhecendo que sao pecas do tabuleiro de um grande jogo.

Mas, ele sabia interpretar, sabia o que havia antes de chegarmos ao que pensamos que somos, ao que pensamos que nos criou e ao que nos sustenta na vida, ele humildemente sabia e queria passar a diante. Mas, seu tempo foi curto, nao restou-lhe a chance de concluir o que tinha que aqui fazer, mas deixou no meu coracao a sua ideia viva, da sua presenca amorosa.

Ele nao era anjo, nao era messias, nao era deus, era um homem. Colocaram nas nossas cabecas que homens normais, nao sao bons, precisam ser anjos, profetas ou deuses para serem considerados especiais e cheios de dons divinos, isso é falho, e temos que acabar com essa cegueira.
Homens que nunca foram pais, nao sabem o que e cuidar de uma familia, homens que nunca foram maridos, ou filhos, nunca entenderam, homens que nao conhece a vida e as pessoas, nao podem nunca zelar e direcionar a humanidade, pois a humanidade é feita dessas pessoas (homem, mulher, filho, amigos, familia, vizinho, emocoes, sentimentos, etc etc)

Ele era um homem, e representou sua forma fisica masculina da maneira mais linda e normal que qualquer Humano deveria representar, sem deixar de vir a tona a sua parte real do seu Ser, ele era o que nós todos teríamos sido se nao tivessemos sido manipulados e enganados.
A essencia dele como homem - e que amou uma mulher sem seguir os padroes do sistema, do motor do jogo, um homem que seguiu apenas o instinto d´alma, essa sua essencia estou tentando passar para voces.

Mas, seu conhecimento da vida, sua sabedoria e luz, eu nao consigo traduzir em palavras - seu caracter se abre como um leque de qualidades e sentimentos que nem mesmo conheco as palavras, já que nos foi tirado de nós, as mais nobres qualidades humanas, ficamos presos em apenas 5 sentidos e algumas emocoes, e que mesmo assim, estao sendo engenhosamente trabalhadas para serem substituidas por emocoes sem qualidade - ou inferior ao que elas significam ainda hoje em dia.

Esse trabalho de desumanizar os seres humanos nao comecou agora, isso tudo comecou há muito mais tempo do que os muitos anos que pensamos que a terra existe ( muito mais anos do que cientistas ou biblia dizem que a terra tem, apenas o seres humanos de hoje em dia nao sao os mesmo que existiram no primeiro programa).
Quando esse primeiro programa foi corrompido, entao comecaram a desumanizacao humana, e tudo que vivemos é teste e experiencia que serve aos corruptos desse primeiro programa.
Mas, para voces terem uma ideia referencial, vamos falar de um tempo nao muito distante, ainda que remoto, nao é tao distante quanto a um tempo que nao existe referencias no sistema - vamos falar das arenas e humanos gladiando com leoes ou entre si mesmos - matar e ver morrer era diversao para alguns.

Por isso, eu nao estou qualificada para falar do Addi em seu conhecimento e sabedoria, nao estou a altura dessa sua personalidade tao limpa e amorosa.
Nao serei eu que irei revelar o que tinha que dizer as pessoas, nao sei fazer isso, nao sei interpretar com a perfeita sintonia que ele tinha com o que de fato é real, mas ele e sua interpretacao unica da vida e de tudo que pensamos existir, penetraram no meu Ser, me deram sentido e forma para um equilibrio mental, e no final de tudo, ele e seu amor, perfumaram a minha alma...e essa sua presenca e marca vao partir comigo, assim que eu me for daqui.

Antes de comecarem a ler a postagem, escutem a musica do vídeo, deixem as emocoes fluirem...sintam-se Fri e Addi. Fechem os olhos e se vejam no Marrocos...viajem no tempo, voltem alguns anos atrás, entrem no meu coracao, sintam a alma amorosa, clara, confortante e perfeita do Addi...

Nao leiam as palavras correndo, simplesmente para saberem algo mais sobre homens arabes...esse homem nao era apenas um homem arabe...ele poderia ter nascido na Alemanha, no Brasil, em qualquer outro lugar...e ainda assim ele teria sido o mesmo, nao perceberam isso? nada desse mundo teria moldado sua alma e coracao para serem duros, ele nao se deixou nunca modificar pelo sistema, ideias ou ofertas mundanas.

Ele ouvia apenas seu coracao...sua intuicao e seu Eu, sua presenca real que lhe falava e ninguem mais....
 
Marrocos


O aviao pousou e Faridah foi a primeira a se levantar da poltrona, tinha pressa para se organizar e sair correndo para ver sua familia. Porem, eu sabia a razao maior de sua pressa, eram seus planos, sabia que ela queria colocar tudo em ordem com sua familia, para poder partir depois com o pai do seu bebe.

Antes de sairmos da Turquia conversamos sobre isso, contou-me que ele a queria, e deveriam casar-se, mas, ele nao mudaria sua vida, e ela nao achou ruim que ele a quisesse dentro da vida dele a sua maneira - ela aceitou.
Perguntei se nao seria melhor ela ficar na Turquia e esperá-lo. Afinal sua familia podia ir até a Turquia, e nao ela viajar na gravidez - mas, estando no inicio da gestacao, achou melhor vir conosco, visitar os parentes e se organizar tanto materialmente como emocionalmente.
Era uma decisao dificil, teria que deixar tudo para trás, teria que aceitar a vida simples ao lado do homem que amava, pois ele nao iria modificar as coisas, ele queria que ela aceitasse-o como era, nao por egoismo, mas por seu lado altruista.
Para ela nao era dificil aceitá-lo com sua ideologia de vida, com sua benevolencia, ele trilhou seu caminho a favor dos seus semelhantes, isso era sua propria pessoa, ele nao saberia mudar e ela nao queria que ele mudasse - amou-o assim e assim o queria.
E para ela nao era sacrificio fazer o mesmo que ele, já que estava no dna daquela família a bondade e amor pelos seus semelhantes - partir com ele e viver uma vida simples ajudando outras pessoas, nao seria de maneira nenhuma sacrificio para Faridah, eu sabia disso.

Eu ainda permanecia sentada e Addi estranhou, como podia eu estar naquela apatia, afinal tinha sido eu a primeira a desejar voltar rapidamente para casa.

-Are you ok honey? (tá tudo bem querida?) 

Disfarcando o meu entusiamos pálido, balancei a cabeca, e esbocei um sorriso de traco fino (sorriso que estica os lábios e nao mostra os dentes, carinha de "smile"), sem muita emocao, mas que nao daria a ele chance para questionar tanto - provavelmente pensaria que era cansaco da viagem. 

Me levantei e procurei a minha bolsa, e senti que ele continuava a me olhar, ao mesmo tempo que tirava o meu casaco da maleta e entregava-o para mim. 

Minha sogra também perguntou se eu estava bem, e foi entao que percebi que tinha que caprichar mais no meu semblante e sorrir mais convincentemente - estiquei bem os lábios novamente e para ficar mais convincete sublinhei-o com o ato de mostrar os dentes - e dizer em palavras fofas: " Oh! Im ok...Im happy to be back to home" (Oh, estou bem...feliz por estar de volta para casa"). 

Isso foi perfeito, consegui deixar todos menos preocupados. 

Foi a primeira vez que tinhamos viajados juntos, quase a familia toda e eu...foi uma sensacao diferente, foi como se eu me sentisse mais da família mesmo. Enquanto andavamos para saida o controle de passageiros, fui lembrando das palavras dele, quando ainda estava na casa da Faridah.

Quando me disse que eu finalmente estava agindo como sua esposa, pois afinal reagi e tentei proteger o meu homem e minha familia...eu sabia que ele nao estava feliz de eu ter sido obrigada a manipular e ameacar a adolescente.

Addi nao era esse tipo de pessoa, chegamos a conversar sobre isso, ele sabia que eu me sentiria mesmo doente com essa situacao, que a menina nos colocou, que acabou sendo prejudical a todos, porem, jamais teria ameacado ou manipulado-a.Ele teria agido diferente, eu sei. 

Com ele as coisas teriam sido diferente, comigo as coisas sao sempre assim, dificeis, doloridas, destruidoras. Talvez, se ele estivesse ao meu lado, com uma atitude sendo tomada juntos, seria mesmo diferente, mas eu nao achei saida melhor, e segui a direcao que encontrei naquele momento - o que Addi se orgulhava era da minha atitude de sentir-me da familia, de ve-los como parte de mim e eu parte deles.

 Ainda que estava mergulhada nas lembrancas dos ultimos momentos nosso na Turquia, eu ia percebendo como as mulheres o olhavam, sempre fizeram isso quando estavamos em publico e ele se mantinha tranquilo, nunca tentava disfarcar para olha-las, nao agia como os outros homens presos nos padroes do sistema que ficam se achando o melhor dos bombons - ele ficava normal, nao parecia se importar se eram jovens, velhas, lindas ou feias que estavam a olha-lo. 

Ao contrario, ele segurava a minha mao, e me lancava olhares carinhosos, como se quisesse dizer - E contigo que me importo! 

Claro, que ele as sentia, sentia os seus olhares famintos e oferecidos , era impossivel nao senti-las....até eu as sentia. Essas mulheres passavam e o olhavam com uma cobica possessiva de seus olhos, muitas o desejavam e nao escondiam, ofertavam-se com prazer...a que ponto as mulheres chegaram!! 

Mostro a voces como ficou a fotografia daquela cena, naqueles momentos que andei com ele pelo aeroporto.Ainda que elas nao estavam indecentes, pareciam desnudas, ainda que nao estavam armadas, pareciam mira-los com seus olhares certeiros, seus olhos como armas...

Tambem, exibiam mais seus atributos fisicos, exagerando no andar, no jeito de olhar, nas caras e bocas, enfim, se faziam mais sexies ou "fatais" - eram todas poderosas, apenas eu, a fraquinha, nao estava ali enquadrada naquele retrato - a fotografia estava desfocada... 

E eu as olhei, prendi a imagem delas e da cena na minha cabeca e comecei a analisar os detalhes. Analisando com a mente presa nos padroes do sistema detectei que ali estava uma parte que nao se encaixava e essa parte era eu.Eu nao era a pessoa que deveria estar ao lado dele, mas sim uma delas - lindas, jovens, exuberantes.. 

Com tristeza exata batendo no meu coracao em ritimo capitoso, com insistencia incomoda uma luz esbatida me direcionou para uma verdade , uma verdade exigia ser percebida... E eu a percebi... que era por isso que eu estava me sentindo tao pequena - percebi que minha alma estava aprisionada de novo nas duvidas - sera que era mesmo certo ficar com ele? 

Sera que eu conseguiria manter-me a altura de sua pessoa? E me veio a mente o sorriso vesgo da pequena aspirante a Louise, labios retorcidos, esbocando um certo relevo protuberancial e sexy, sem deixar a rusga entre maquiavelico e angelical criar contornos... e ela, com seu andar requebrante de "Jessica rabit" se tornou poderosa com todo efeito que esse poder podia ter... e aí estava a resposta!!! Aquela menina, suas palavras e atitudes me contaminaram, me atingiram mortalmente - 

mordi meus labios diante da constatacao de que a pequena vibora tinha vencido e nao sabia.

Ela tinha sim me atingido, ainda que eu tenha reagido e recebido os louros da vitoria. 

Meus pensamentos foram puxados para dentro de alguma parte da minha cabeca confusa, uma nuvem escura estava sob minha cabeca, e permanecia quase a ponto de se romper como um grande temporal...mas, que eu fui salva de ser abatdia dessa maneira, quando eu ouvi a voz de Nazira..nao pude acreditar que Nazira estava lá!! foi mesmo uma surpesa, claro que tudo arranjado pelo Sr, Addi, que sabia que isso deixaria meu pequeno coracao ainda mais feliz. 

Seu abraco me salvou de ser sufocada pela tristeza cortante de minutos atras...a grande nuvem ficou menor, ainda que continuava a me seguir...

Preferi naquele momento mergulhar na deliciosa sensacao de estar entre meus familiares e a minha querida Nazira. Eu nao conseguia nem respirar, tinha tanto que responder, ela sempre tinha uma pergunta atras da outra.

 A noite 

O som das ondas desatando nas areias da praia, ou nas pequenas rochas me deu a certeza que eu estava onde queria. O cheiro da nossa casa, plantas, moveis, tudo que era nosso estava ali...inspirei, queria trazer para dentro de mim tudo aquilo que tanto me faltou - como era bom estar de volta. 

Havíamos jantado depois do banho revigorante, e Addi tocou um pouco o seu piano...eu estava na cama organizando alguns souvenirs que compramos no aeroporto...ouvi ele subindo as escadas e sabia que estava vindo para cama, precisavamos dormir.... 

Entrou, tirou sua tunica e a deixou numa das poltronas, calcou seu chinelo, e foi ate o banheiro, escovou os dentes e se preparava para vir para mim, mas...quando ele chegou eu fingi que estava dormindo 

Naquele momento eu nao sabia porque tava fazendo aquilo...fiquei quietinha como se tivesse dormindo. 

Ele entrou debaixo do lencol de algodao, lembrou-se entao de diminuir a iluminacao, esticou o braco e na lateral da cama do lado dele apertou o botao, a iluminacao ficou mais fraca oferecendo uma atmosfera aconchegante pro amor. 

Ficou quieto por uns momentos - pensei que ele tivesse acreditado que eu estava dormindo e soltei a minha respiracao que estava presa....

E quando eu estava tranquila para ficar com meus pensamentos, senti suas maos macias e enormes passeando por meu corpo. 

Sempre amei senti-lo, estremeci com seu toque, seu cheiro, o cheiro da sua pele me tomava, me chamava a ser mulher..beijando meu pescoco e depois minha face, senti seu halito fresco, aquele cheiro de maca verde entrava pelas minhas narinas, meu cerebro ordenava meu corpo para se preparar para o amor, a pele se tornava quente, o sangue circulava mais rapido, a respiracao queria ficar ofegante, meus mamilos enrijeciam, meus labios se preparavam, ficariam almofadados, tinham que aconchegar o toque dos labios do meu homem, meus labios se avolumaram...tudo estava se movendo para que a energia do amor bailasse com todo seu poder. 

Mas algo em mim nao queria mais me permitir a esse luxo, era como se eu estivesse pegando algo que nao me pertencia, como se eu estivesse usurpando o lugar de outra pessoa. 

E esses pensamentos que geravam aqueles sentimentos pequenos em mim, rasgaram as minhas emocoes, pareciam navalhas afiadas, aprofundando na carne da minha alma, se alma tivesse carne, teria sangrado muito, doido muito, eu teria sentido exatamente como eu senti. 

Bloquei meus desejos e ele percebeu, conhecia meu corpo, ao passar suas maos por minha pele, sentia que estava se banhando no seu toque amoroso, e que de repente algo aconteceu, e todo processo parou. 

Sem falar nada, me tomou bruscamente nos bracos, e fui obrigada a olhar para ele...seus olhos buscavam respostas, e eu nao pude mais fingir, abri meus olhos e o respondi aos dele.

Delicadamente me colocou nos seus bracos e apertou-me como se quisesse implorar para que eu nao fizesse assim. Buscou meus labios, beijou-me - absorveu o beijo mais triste e seco que meus labios poderiam ter oferecido. 

Enfim, ele perguntou o que estava acontecendo, por que eu o estava rejeitando daquela maneira. nao pude responder, apenas cai num pranto inexplicavel...chorei como se tivesse ferida...e sai da cama cambaleante, queria esconder minha fraqueza, minha vergonha... 

Tranquei-me no banheiro...ele desesperado querendo respostas ficou do outro lado da porta - eu o sentia, sabia que estava bem proximo da porta...

-Fri what is happening, do not do this to us Fri! please open the door. 

(Fri o que está acontecendo, não faça isso conosco! por favor, abra a porta.) 

Eu continuei do outro lado, presa na concha que meu corpo se tornou, curvada sobre meu proprio corpo, dentro de mim mesma, eu me espremia para caber dentro de mim mesma ainda que estava toda quebrada.

Mas, estava cada vez mais me tornando menor. Addi, nao desistia e amorosamente continuava a falar e tentar descobrir o que estava acontecendo comigo. 

-My love, I wanna love you, feel you, your body is the temple of my love! Do not refuse me, I do not know how to live without you. Come to my arms! Fri what did I do, You know my love is infinite, I loved you whole my life, and I can not live without you! Talk to me ... please 

(Meu amor, eu quero te amar, te sentir, seu corpo é o templo do meu amor! Não me recuse, eu não sei viver sem você. Vem pros meus braços! Fri o que eu fiz? Você sabe que meu amor é infinito, eu te amei a minha vida inteira, e não posso viver sem você! Fala comigo ... por favor)

Ps:Naquele momento eu nao me perguntei porque ele disse que me amou por toda sua vida, somente quando eu soube da verdade e que lembrei do que ele falava, aqui e ali, ele sempre acaba soltando que sempre me amou... 

Nao sai do lugar, permaneci naquela posicao, ficando cada vez menor dentro de mim mesma. 

Na minha cabeca vinha a imagem na foto, a imagem daquela menina-cobra a beijá-lo, das lindas mulheres a cobica-lo, todas tao perfeitas, tao confiantes com seus corpos padronizados, eu nao saberia conviver com isso, em alguns anos estaria mais velha e como seria...eu sei que ele tinha dinheiro suficiente para pagar uma operacao plastica, eu poderia ficar mais jovem com os melhores medicos, ou mesmo uma operacao de rosto, tudo que eu quisesse. 

Mas sera que a essencia do que eu sou nao se perderia, sera que ele continuaria a amar essa mulher operada? 

Minha cabeca rodava...o silencio bateu, nao ouvi mais nenhum som do outro lado...dois tipo de sentimentos tomaram lugar dentro de mim: 

1°- alivio que ele nao iria forcar-me a sair. 

 2°- desapontamento pela desistencia rapida dele. 

Mas, eu estava enganada, e so percebi quando ouvi barulho da porta do outro lado do banheiro, ele entrou e me deixou mais enevergonhada ainda, dele assitir a minha queda, a minha humilhacao daquele jeito... Abaixou-se, pegou-me no colo, enquanto sussurava no meu ouvido o quanto me amava, e que ele estava do meu lado, que iria cuidar de mim... 

Nao suportei e chorei...me debatia, queria descer, queria sumir dele, precisava ficar com minha dor e humilhacao sozinha, eu e todas minhas duvidas. Bati-lhe no peito, exigia que me largasse - e como fera enlouquecida me tornei algo que ele nao controlava, me libertei dos seus bracos, e em pe na cama, gritava para ele:

- What do you want from me? look at me, please look at what I am? What am I? Addi tell me? what I am? 

- O que quer de mim? olha para mim, por favor, olha para o que eu sou? O que eu sou? me diz Addi? o que eu sou? 

Addi me olhava preocupado, ele estava tentando cuidar para que eu nao me machucasse, pois eu estava fora de controle...enquanto falava eu me movimentava como se estivesse sem coordenacao motora..

 -Addi eu te digo, eu nao sou nada, nasci nesse mundo para nao ser nada, voce nao ve, é assim que o sistema funciona, as escolhas, a heranca genetica, a heranca material, tudo é controlado mesmo que parecam acaso, voce sabe, eu fui programada para vir aqui e ser nada...

 _I Tell you, I'm nothing, I was born in this world to be anything, you do not see, that is how the system works, the choices, the genetic inheritance, the material inheritance, the place in the system, everything is controlled even seems be just a random, you know that, I was scheduled to come in this game and be anything ... 

Ele tentou ainda me abracar e me calar...mas eu me debatia mais e ele parou, levantou as duas maos, na posicao de quem se rende e me disse: 

- meu bem, por favor, respira e fique tranquila, eu vou deixar voce continuar a falar...fale o que quiser, fale tudo que esta preso em voce, nao tenha medo e nem vergonha, fale, deixe vir tudo eu vou te ouvir... - 

Honey, please stay calm and breathe, I'll let you keep talking ... say what you want, talk all that stuck in you, do not be afraid nor ashamed, talk, let everything come out I'll listen ..

Eu nao posso competir com o sistema, ele e imenso, faminto, eu nao tenho poder para mudar nada, e nem voce pode mudar, ainda que me ame, vai ser criticado, pois esta indo contra o sistema, voce nao percebe que pessoas como nós nao podem lutar contra o sistema, as pessoas que queremos proteger amam o sistema, nao se engane, elas adoram tudo isso. 

Nao perca seu tempo, elas nao querem ouvir e nem saber de nada, estao acomodadas, estao satisfeitas e felizes com a racao que recebem, com a ilusao acolhedora, e muito mais linda do que a realidade que elas nao conseguem conceber. 

Olha as percepcoes que elas possuem da realidade que elas conhecem, nunca vao permitir que elas te dem ouvido, voce perde seu tempo.... elas nao merecem seu sacrificio ou amor, elas vao te matar se voce ou eu tentar mudar alguma coisa, pois as pessoas adoram ser enganadas.... 

Me diz como ir embora daqui com a certeza de nunca mais voltar, eu preciso saber... 

 I can not compete with the system, it s so huge, cruel and hungry. I have no power to change anything, and you can not change too. Even you love me in true, will be criticized for going against this system, you do not realize that people like we can not fight with the system. we want to protect the people, but they love the system, do not be fooled, they love everything. Dont waste your time, they do not want to hear or know anything, they are accommodated are satisfied and happy with the ration that receive, with the illusion welcoming, everyting that is more beautiful than the reality that they can not conceive. Look.. the perceptions they have of the reality that they know will never allow they heard you, you re losing your time .... they dont deserve your sacrifice or love, they will kill you or me if change something, people love to be fooled tell me 

Addi, how to go out from this all with certain we never come back, I need to know it 

- I wont be welcome in your world, because the selfishness of people dont admit that someone change defaults. Their fear becomes attack and mercilessly slaughtering those who try the difference, or the change ... and I do not even know if I want to be something special in this world that I know what is in true... trying to be anything here is same of accept the rules of the game 

 (Eu não serei bem-vinda em seu mundo, porque o egoísmo das pessoas não admiti que alguem mude os padrões. O medo deles se torna ataque e impiedosamente abatem aqueles que tentam a diferença, ou a mudança ... e eu nem sei se eu quero ser algo especial neste mundo, mundo que eu sei o que é realmente, tentar ser qualquer coisa aqui e o mesmo que aceitar as regras do jogo)

- Fri, if is not ourselves, who will ? (Fri, se nao formos nós, quem será?) 

- I'm tired of all this, the world seems like a vast and enormous cathedral or temple, and in place of sacred images, there are the harlequins, ignoring the own idiocy, imbecility to be what they are not and never will be, you know, people still act like children who believe in fairies, civilizations after civilizations, years after years show everything is the same thing, and they still expect the answers they will never have, but more lies and manipulations, all they can get is the prision of system beliefs, they will be in prison forever in untruth, they not grow, but think they are special and giant I cant fight againts all this 

(- Eu estou cansada de tudo isso, esse mundo parece ser uma catedral imensa, e no lugar de imagens sacras, estao os arlequins, ignorando a propria imbecilidade, imbelicidade de serem o que nao sao e o que nunca serao, voce entende, as pessoas ainda agem como se fossem criancas que acreditam nas fadas, civilizacoes apos civilizacoes, anos apos anos mostram que tudo e a mesma coisa, e elas ainda esperam as respostas que nunca terao, a nao ser mais mentiras e prisao nas inverdades de sempre, nao crescem, mas pensam que sao gigantes e especiais Eu nao posso lutar contra tudo isso) 

Ele continuava tentando me acalmar e ao mesmo tempo me ouvia e respondia sabiamente, cada resposta sua me fazia pensar, que algumas pessoas vem para esse mundo com o disfarce perfeito, o prejuizo que o sistema nos da, vira um disfarce, e muitos deles sao seres magnificos, vestidos de insiginificancia dentro do sistema. 

Mesmo assim, eu decidi que queria dormir sozinha, eu pedi a ele que me permitisse ficar sozinha. Eu vi o quanto foi dificil pro Addi, mas ele queria zelar por mim, temia que eu fizesse algo contra mim mesma, aceitou que eu dormisse sozinha, mas ele ficaria no quarto. Fingi que fui no banheiro e peguei um remedio de gripe, nao sei porque, mas remedios de gripe me deixam zonza e eu caio no sono facilmente. 

Eu queria apagar, nao tinha mais forcas, eu tinha que me desligar de tudo...quem sabe voltaria diferente quando acordasse.... 

Bom, a postagem está ficando muito grande, entao encerro a postagem 86° aqui...

 Até a próxima.....

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Part_85° Um homem árabe para chamar de seu, Um amante berbere - "Güle Güle turkey" Voltando ao Marrocos - Livre arbitrio ficticio


 nao sei onde fica essa linda paisagem, mas me identifiquei tanto com ela. Peguei num site russo

http://trasyy.livejournal.com/877772.html

 

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 Turquia

 

Uma pequena nota antes de eu continuar com a postagem 85°:
-Eu havia dito na postagem anterior que nunca ninguem me pediu desculpas (me refiro as pessoas que já me magoaram, feriram, prejudicaram etc), mas depois me lembrei da única pessoa que foi capaz de reconhecer seu erro para comigo e pedir desculpas:
Essa pessoa, passado alguns anos, reconheceu que errou,  me pediu desculpas com toda sinceridade, e eu fiquei muito surpresa que ele tenha me procurado e pedido desculpas.

Essa pessoa foi o Marco Antonio - que eu chamo de  SR Y, já comentei sobre ele em postagens anteriores. Ele ficou muito doente, e teve risco de vida...foi entao, depois disso que ele mudou, e foi me procurar assim que ficou bom em 1995 - quando eu estava de volta ao Brasil, e eu estava doente - e ele se mostrou tao humano, e foi bom que ele apareceu de novo, exatamente naquela fase, pois eu precisei  de alguem que me desse uma palavra de conforto, de amor...
Eu agradeco muito a ele por ter tido a coragem de pedir desculpas, reconhecer seu erro e tentar me passar algum carinho e cuidado dai em diante...
Obrigada Marco Antonio por toda a consideracao, nossa historia foi muito importante...te amei e nunca esquecerei, mesmo que tenha tido tanto sofrimento, nao posso esquecer, pois eu gosto de lembrar de mim daquela época...no final nos tornamos amigos e gostamos de relembrar tudo que vivemos, ele sentiu falta, isso me fez feliz - afinal o que parecia incorreto e nao adequado entre nós na epoca, depois virou motivo de saudades...
Qualquer hora conto mais sobre o Sr Y.

Quantos aos outros;  homens e mulheres, maridos, filhos, "amigos e amigas" que já me machucaram, esses nunca pediram, nao pediram e nao vao pedir.Por que nao? simples, eles acham que estao e estavam certos, sempre estao certos....sao pessoas que nao refletem sobre seus atos, nao tem coragem de pedir desculpas, porque isso e assumir que estao errados, e isso eles nao conseguem aceitar...
Tentei buscar na memória se havia mais pessoas que tivessem pedido desculpas ...nao, nao houve.
Bom, vamos voltar a Turquia, aos ultimos momentos nossos na Turquia.

Segunda nota: Também queria avisar a voces que estarei super super ocupada daqui para frente, e nao sei como vao ficar as postagens, mas tentarei sempre que possível postar alguma coisa.


A conversa me deixou mal, estava me sentindo pesada.
Foi dificil manter aquele dialogo, eu nao estava no meu natural, dentro de mim uma forca estupenda me movia, me dava a direcao, me ditava as palavras, me tomava toda a expressao fisica e emocional.
Fui dominada - essa forca, normalmente nos toma e atua dentro de nós, quando estamos vivendo alguma situacao dificil, ou que nao tenhamos desejado, criado, etc.

Já experimentaram em sonho uma queda livre e continua?
Essas situacoes dificeis e penosas, nos tomam e jogam num emaranhado de emocoes, como se fosse essa queda livre e continua que experimentamos em sonhos (pesadelos?), elas sao as situacoes que nao fomos nos que desejamos criar, viver ou experimentar.

Essas situacoes insistem em nos tomar, e quando nos tomam, temos o sentimento de que estamos jogados num palco qualquer da vida, localizado numa dessas ruelas sujas, estreitas e esquecidas pela luz - nos deixa lá lutando para sobreviver e entender o porque desse desejo tao latente da sobrevivencia - um jogo muito cruel.

Pois entao, espero que possam entender que algo muito maior do que eu, me tomou,  moveu-me como uma marionete naquele palco das encenacoes macrabas da vida (vida que nao pedimos para viver como se apresenta na maioria das vezes) - eu agi como um deles, como as pessoas que eu tanto desprezo.
Fui obrigada, nao tinha outro caminho, e se haviam outros, com certeza todos levavam ao mesmo destino.

O sistema nos obriga a fazer o que nao queremos, ou agir de maneira que no final de tudo, nao nos reconheceremos - ele nos empurra em situacoes profundas e ficamos presas nelas, enlameadas, nos sentindo mal,  sem saida, presas nessa queda continua.
E sabemos que isso só vai parar, se dermos a vida o que ela quer; ela quer acao, quer ver atitude, nao importa se voce faca o bem ou o mal, ela quer algo acontecendo.
A vida é faminta!

Assim, caimos até o momento que decidimos agir - e quando agimos, no final, daí entao parece que realizamos o que deveria ter sido feito..."tá feito, tá registrado"...entao, a vida respira, ela nao sente culpa, nao foi ela quem fez nada, ela apenas criou ou cria situacoes - e joga um de nós dentro do circulo para ver a reacao - a vida criada pelo sistema é como um jogo de computador.

Sempre nos dizem que há sempre uma escolha - nao é verdade, as vezes há sim escolhas, mas todas nos levarao ao mesmo resultado, só que a gente pensa que nao, que seria diferente se tivessemos seguidos ou escolhido por outra.

Eu explico melhor, sim as vezes há chance de voce fazer uma escolha diferente e conseguir outro resultado, mas há situacoes na vida que ela quer que algo acontece, nao importa se aquele algo seja ou nao seja o que voce escolheu antes, ou que voce desejou, a vida quer....e pronto, é isso que importa!

E mesmo que voce decida por A ou B, o resultado será o mesmo - é uma roleta russa, mas a gente pensa que havia outra escolha.

Eles inventaram o tal do livre arbitrio para nos responsabilizar até mesmo pelas escolhas, atos e acontecimentos que nao pudemos decidir e escolher, mas eles dizem - voce escolheu, voce criou e desejou isso, usou o seu livre arbitrio - livre arbitrio a grande crueldade, a grande manipulacao, que se eu tiver oportunidade quero esmiucar esse assunto para esclarecer o que é isso...

Sabe porque nao há outras escolhas sempre, ou se parece que há, sempre nos levam ao mesmo destino?
Porque nao somos donos dos acontecimentos, se fossemos,estariamos e seriamos os responsaveis por toda a criacao do mundo, por tudo que acontecesse ao nosso redor, nada iria escapar ao nosso controle.
Imagina todos decidindo e escolhendo as coisas ao mesmo tempo?

Que confusao seria!!!  ex: vamos supor que no ano tal e no mes tal, eu escolho trabalhar no mesmo local de uma amiga, na mesma posicao, e ela teve a mesma ideia, ela quer a mesma coisa -  e isso vai criar um tremendo choque no jogo da vida - por isso nao somos nós que escolhemos como nos fazem pensar.

Nao nesse mundo em que vivemos, mas, no primeiro programa da vida, onde haviam outros humanos, sim, antes desse mundo (programa que chamamdos de mundo), tivesse sido corrompido, nós todos escolhiamos.
E havia a possibilidade de vivermos o que queríamos, mas...voces nao podem entender isso...entao por que voce escreve Fri? Bom, mesmo que eu saiba que voces nao entendem e possam pensar que sou louca, eu falo - por que?
Porque um dia, pode ser que alguem vai viver o suficiente para lembrar do que eu falei quando viver algumas experiencias que ativara essa a lembranca das minhas palavras esquecidas no seu subconsciente.

E lá estava eu, naquela cenario indesejado, vivenciando aquilo tudo que eu desprezava, me sentindo violada...quando a vida me coloca nessas situacoes que desaprovo, eu me sinto mesmo muito violada na minha alma, no meu origianl, no meu natural.


Depois que ela se foi , respirei fundo, me curvei, coloquei as maos nos meus joelhos e com ansia de vomito imensa tentei alcancar o banheiro da casa da piscina.
Mas,  nao suportei, saiu tudo do meu estomago lá mesmo no gramado...
O seguranca estava ainda perto de mim - eu o escutei dizendo qualquer coisa como "Madam may I help you?" (Senhora possa te ajudar?)

Ele nao podia me ajudar, ninguem podia - eu desprezava tudo que tinha vivido e feito, eu me sentia suja e doente. O frio comecou a mover rapidamente pela minha espinha, eu sabia que ia ter uma crise de hipotermia...eu estava em choque de novo, nao queria que isso acontecesse diante do seguranca, por isso achei por bem pedi a ele que trouxesse um cobertor bem grosso para mim, urgentemente.
Ele se foi e eu fiquei tentando controlar a temperatura do meu corpo.

Nao tenho nenhuma aptidão para viver nesse mundo, com tal sistema, quando sou obrigada a dancar a danca do sistema (usar das armas de defesa e ataque que ele nos dispoe - apos no colocar em duelos, como se fossemos inimigos), eu adoeco, eu me sinto profundamente mal.

Tive que ameacar uma adolescente, tive que me colocar ao nivel dos repteis manipuladores para poder ter um pouco de paz, e defender aquele que esteve sem defesa quando foi usado.

Nosso dialogo ainda estava fresco na minha cabeca .
Ela insistia que seria dificil pedir aos pais para sair do colegio, pois eles eram responsaveis por ela, como se eu nao soubesse disso, mas eu sabia tambem que seu pai  faria o que ela pedisse,  desde que ela batesse o pé.
Eu sabia que ela poderia inventar boas mentiras - manipular ela podia ainda melhor.
Se eu nao tivesse feito isso Faridah, que nao aceitava que as regras da sua casa fossem violadas, iria com certeza conversar com seus pais.
Eles iriam se sentir muito tristes e atacados com a reacao da filha - se Faridah os colocasse a par de tudo, iriam sofrer muito.
E achei melhor que somente ela sofresse, ainda que fosse tao jovem,  tinha que assumir o resultado das suas atitudes como um fardo, e nao seus pais.
Aquela familia já tinha bastante desgosto com o genio e rebeldia daquela filha.
Eu queria poupa-los, eles nao mereciam o choque de saber que a filha que amavam tanto, ousou fazer tal coisa, por puro capricho.

Mesmo sabendo que fiz o melhor, eu me sentia muito mal.
O seguranca trouxe o cobertor, me ajudou com ele nas costas e se manteve proximo...me olhava a certa distancia ...respeitava meu momento de libertacao.
Como eu iria enfrentar minha sogra, minha jovem cunhada? Afinal eu estava interferindo nos assuntos da família - eu nao tinha pensado nisso - a preocupacao me deu mais um nó no estomago.
O frio cortante rasgava minha espinha, descia banhando as extremidades do meu corpo com gelo glacial.
Sem poder me mover muito andei devagar para dentro da casa, precisava ficar bem aquecida.

Senti alguem me abracar e nem consegui entender bem o que estava acontecendo, pensei por um momento, que o seguranca o tinha feito, estava com uma certa confusao mental.
Mas, a voz doce da Faridah me deu um certo alivio, e quase desmaiei nos seus bracos, a fraqueza me tomou, as pernas baquearam - eu so tive tempo de dizer que o frio estava chegando e que logo eu nao iria me mexer até o dia seguinte.
Ela chamou o seguranca e falou qualquer coisa com ele, eu nem queria entender o que falavam, queria controlar meu corpo para que eu nao caisse no frio glacial da hipotermia.
Ela havia pedido a ele para me levar para dentro da casa.
No salao aquecido, aconchegante, ele me acomodou no sofa, faridah puxou um puf e se ajeitou perto de mim - tentei falar alguma coisa - pedir desculpas, afinal nao tinha mais certeza se agi bem.
Ela disse que eu nao deveria me preocupar, disse que agi corretamente, foi o melhor a ser feito - e  que ela iria mesmo falar com os pais dela se eu nao tivesse feito nada.
Em todo caso, ela achava que minha atitude em proteger os pais foi a melhor, afinal se ela foi corajosa para planejar e agir daquela maneira, ela poderia tambem trabalhar e assumir seus proprios erros.

Quem sabe com isso, poderia criar um certo senso de responsabilidade por seus proprios atos.
 Como ela iria fazer para reparar o erro, Faridah me disse para nao criar preocupacao, ela era esperta e nao sairia prejudicada, iria achar uma boa ideia ou mentira.

Atordoada pelo frio, mas me sentindo melhor, vi entrar no aposento em que estavamos a minha sogra - imediatamente congelei de novo, estava receiosa que ela nao aprovasse minha atitude.
Faridah se levantou e a comprimentou, e em arabe conversaram - enquanto falavam as vezes olhavam para mim, eu nao sabia o que falavam, mas entendia...falavam sobre o ocorrido.

Minha sogra nao parecia desapontada e nem magoada, ao contrario, balancava a cabeca e me olhava com carinho - me senti melhor.
Entao, cortando a Faridah, pedi desculpas e comecei a falar em ingles com minha sogra - tinha que falar. Queria me desculpar por ter falado e agido em nome da familia -  proibir a menina de ter amizade com a filha dela, nao sei se eu tinha esse direito.
E qual nao foi minha surpresa, quando ela disse que eu nao precisava me preocupar com minha cunhada, ela mesma a tinha colocado a par da situacao. E quando soube do que a amiga fizera, sentiu-se envergonhada e culpada. E disse mais - disse que nao poderia mais aceita continuar a amizade com ela depois de tudo.
Enfim elas nao estavam zangada comigo, foi um alívio!
Pedi que Faridah me ajudasse a ir pro quarto do Addi, precisava ve-lo.


No quarto
 Ele estava deitado na cama, ao me ver abriu aquele sorriso de dentes brancos, aquela linda boca formava o mais belo sorriso, emoldurado por suas covinhas charmosas e sexies -  sorriu-me tao belamente quando entrei no quarto, seus olhos pareciam me acariciar e me acorrentar no mais profundo conforto do seu amor... me olhava tambem com um certo orgulho.
Sentei-me ao seu lado, Faridah falou alguma coisa com ele, e depois piscando para mim saiu e fechou a porta - ele pegou nas minhas maos e olhando de uma maneira ainda mais amorosa do que todas as maneiras amorosas que ele ja tinha me olhado, me disse:

-Fri I'm proud of you, it was the first time you acted like you are from this family - you are finally finding your place in this family Habiby! you acted as my wife
( Fri estou orgulhoso de você, foi a primeira vez que você agiu como se fosse mesmo dessa família - voce está, finalmente encontrando o seu lugar neste familia Habiby! voce agiu como minha mulher)

Eu aproveitei o momento pra pedir o que tanto precisava, voltar para nossa casa!

Addi, I must go back to Morocco, please, can you ask your doctor when we can go?

(Addi, preciso voltar ao Marrocos, por favor,  voce pode perguntar ao seu medico quando nós podemos ir?)

Ainda que presa nos bracos dele me sentia mais segura e confiante, eu estava marcada por tudo aquilo.

Sentia que estava presa em algum lugar...minha alma estava aprisionada.
Eu precisava escapar, sair daquela concha que me aprisionava num eco sem fim...alguma coisa estava acontecendo comigo....um vulcao de emocoes descontroladas estavam me tomando...talvez voltando ao Marrocos eu possa voltar ao normal, pensei....
Uma parte em mim estava amuada, acorrentada em duvidas e medos de novo...
O que estava acontecendo...por que eu nao me sentia forte e grande como as pessoas daquela familia me viam, por que eu nao estava tao confiante e segura do que fiz e do que deveria fazer dali em diante?
O que tinha mudado dentro de mim?
Continua....

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