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Ainda no Barco em Marrocos
Marrocos
O Salão do Barco era tão luxuoso, que eu nem quis imaginar como seriam as suítes.
A minha implicância com o luxo, estava me deixando um pouco irritada; devido aos pensamentos "questionantes" e inquisitores que me cobravam uma resposta - por que eu estava ali, usufruindo de tanto luxo; onde há luxo há pobreza deixada pelo caminho, que esse luxo fez para poder existir.
Tinha até me esquecido, que aquele luxo - que no momento eu usufruía, o luxo que Addi possuía, não deixava tantos rastros de miséria e pobreza, pois ele sabia usar o que retirava do luxo em favor dos muitos que tinham sido deixado para trás.
O que ele conseguia do sistema, que o tornou desde que nasceu rico e vivendo dentro do luxo, ele aprendeu a mandar de volta - o que pudesse - para o ponto de onde esse luxo teve início ou qualquer outro ponto que beneficiasse os outros menos favorecidos.
Eu sabia disso - bolas! por que então me sentia culpada, por que não aproveitava como qualquer pessoa, que não fosse eu, faria alegremente?
Simplesmente porque era Eu que estava ali, e Eu sou assim, não tem como me mudar.
Me levantei-me, queria andar, mas senti que minhas pernas pesavam como chumbo.
Tive tempo de chamá-lo e avisá-lo que me sentia mais enjoada ainda.
Ele veio em meu encontro e me ajudou a sentar-me mais confortavelmente numa das poltroninhas do salão do barco.
Addi me crivou de perguntas e atenção, queria se certificar que eu já estava melhor, ele precisava continuar a fazer suas coisas, até ali parece que somente eu estava ocupando seu tempo e atenção.
Eu tinha que me entreter com alguma coisa, tinha que deixá-lo um pouco com os outros e com seus afazeres, ele mal conseguiu entrar no barco e já teve que me acudir:
- O que é isso Fri, me perguntei, vamos lá, procura se segurar e sossegar essa ansiedade, nervoso ou seja lá qual nome for do piripaque que está te atacando....
E por isso deixei de novo minha mente se encher com pensamentos sem controle, os que chegassem seriam registrados e avaliados...e eles começaram a chegar aos montes, cada um maior e mais intrigante que o outro; alguns chegavam e se iam sem causar-me grandes impressões, mas, alguns chegaram raspando e, com garras poderosas se agarraram na minha cabeça, sacudiram-na e me tomaram por completo a atenção...
O cheiro que o vento trazia até minhas narinas, obrigaram minha cabeça a segui-lo, e esse seguimento acabava sempre: em agua, se olhasse para baixo ou em céu azul e brilhante, se eu olhasse para cima.
O brilho da água, aquele brilho espalhado - tilintante, piscante - parecendo diamantes que flutuavam no mar e piscavam salientes para mim, conquistaram minha atenção - mas a atenção não ficava atenta, ela se perdia quando muito olhava pro brilhar daqueles brilhos.
Enquanto eu olhava, os pensamentos se organizavam para ver qual deles iria querer ser formulado, verbalmente, e em silencio dentro da minha cabeça.
Um deles se agarrou e não desgrudou mais.. era a lembrança daquele dia, quando Addi, numa certa manhã de céu azul e tempo bom, após nosso amor, nossos beijos e abraços; apaziguados e cansados, tivemos nossa hora de conversa...
Com um dos cotovelos na cama, seu braço sustentando a cabeça, seus olhos me fitavam ternamente - suas longas e macias mãos deslizavam sobre mim, acariciando as formas do meu corpo...então, ele começou a me contar de algumas pessoas que ele havia conhecido.
Meus olhos a princípio seguiam o movimentar das suas caricias, mas pouco a pouco eu fui mergulhando no desfecho da sua narração.
Uma mulher e um homem que se conheceram, experimentaram as melhores emoções e encantos do amor, não puderam nunca mais se separar - casaram-se.
Durante muito tempo foram felizes, tiveram filhos e tiveram também problemas, como todos os casais tem, mas nada que o amor não suportasse.
Eram jovens quando casaram, foram criados em lares amorosos, tiveram uma boa criação, tiveram exemplos dos pais; vieram de lares felizes e queriam passar pros seus filhos as mesmas coisas que aprenderam no seio de suas famílias; todo amor, união, compreensão, entendimento e a razão para alimentar o amor dentro da família.
Mas, os tempos eram outros, na época de seus pais, o sistema não atacava tanto as famílias, não tornava os jovens tão descaradamente cínicos, agressivos, violento, perversos, maus-caracteres, desobedientes, rebeldes, delinqüentes etc.
A volta deles havia outro mundo, as pessoas pareciam estar enferrujando, deixando de ser humanos, a humanidade de cada um deles estava se deteriorando, diante de todo o mal que vivenciavam, que assistiam ou conheciam e, não faziam nada; assistiam simplesmente ou se integravam a tudo que o sistema oferecia; ofertas fascinantes, inebriante, convidativas, alucinógenas, tudo era mais fantástico quando seguia os padrões e ditados do sistema.
Por mais que esse casal lutassem para que essa ferrugem não chegasse a eles, perceberam que ela também corroía a alma das pessoas, as relações, as situações - era contagiosa e aderente.
O casal começou a criar uma redoma em torno dos filhos, não queria que eles fossem atingidos, os filhos não entendiam as coisas muito bem, ficaram confusos no início, a vontade de ser ou fazer como outros jovens estava crescendo dentro deles, uma voz sensual e quente os chamava para os prazeres do mundo - mas, seus pais estavam diminuindo o espaço livre - parecia que tudo começava a se espremer.
Mesmo assim, apesar de todos os apelos mundanos, os filhos tentavam não desobedecer, tiveram boa educação, sabiam que seus pais deveriam ter seus motivos e, queriam e iriam confiar neles até o fim.
Não foi fácil nem pros filhos, nem pros pais, pareciam viver numa pequena ilha e em volta dela só havia lama e perigos.
Por sorte que uma das filhas conheceu um jovem em Harvard, de família rica, mas muito decente, afetuosa, com pais que também se preocupavam com os filhos nesse mundo em transformação, que desfiguravam a decência, as boas maneiras, o bom caráter e a moral.
Uma das filhas estava indo em bom caminho, isso tranqüilizou os pais, mas, ainda tinham os dois outros filhos.
Mas, todo o esforço deles para manter a família unida e amorosa foi recompensado, seus dois outros filhos seguiram os passos da primeira filha; ambos conheceram boas pessoas, ambos se encaminharam para finalização dos seus estudos e, para a busca de um caminho que os levasse a criar um bom futuro junto aos seus parceiros.
Filhos estavam salvos, mas...não sabiam porque alguma coisa tinha sido perdida nesse caminho, nessa batalha toda, eles não sabiam o que era, mas algo tinha mudado...o que mudou?
Foram eles que mudaram, foram as coisas que mudaram eles, o que tinha acontecido?
O casal que antes sempre dialogava, agora se sentiam cansados, não tinham mais forcas, a batalha contra o mal do sistema para proteger a família desgastou-os.
Também eles tiveram que resistir as tentações do sistema contra eles mesmos; suas ciladas, suas facilidades para os erros e falsos prazeres.
Em volta do marido: mulheres mais libertas, mais jovens, mais "dadas" - tudo foi novo, porém ele resistiu.
Houve as tentações nos negócios: pessoas ilícitas querendo levá-lo para outra meta que ele nunca tinha nem pensado; pessoas frias e calculistas se aproximavam, condenavam seu jeito conservativo, honesto - quadrado!
Para a esposa houve também uma grande batalha; a idade chegando, outras mulheres usufruindo do poder do dinheiro, mergulhavam nas facilidades que o sistema oferecia para as que podem pagar.
Ela poderia se dedicar a recuperar a beleza, gastar com supérfluos, correr atrás do padrão que o sistema ditava que as mulheres precisavam seguir.
Mas, ela tinha consciência que eram apenas ilusões, se ela seguisse uma delas, tinha certeza que não conseguiria mais emergir à superfície, tinha que se manter integra para que seus filhos e seu marido também se mantivessem.
Sensualidade rodava por todas as festas, luxo, brilho, negócios... o ambiente que freqüentavam por obrigação dos negócios, era como gosma que queriam aderir em suas almas...eles não permitiriam.
Então, eles realmente batalharam e ganharam, salvaram seus filhos, mas não saíram dessa inteiros - pelo menos era como estavam se sentido...e aos poucos foram se afastando, cada vez menos se abriam, se entregavam...o silencio devagar foi se intrometendo entre os dois.
Veio o vazio que ocupou o espaço entre eles, uma falta de atração física - será que o amor acabou?
Depois de tudo que passaram?
Mas, o sistema mostrava (e mostra) as pessoas que isso era normal, que o amor não é para sempre, que é moderno se divorciar, se separar, trair, ter amantes (algumas vezes o sistema ousa dizer que uma ou um amante ajuda na relação - apimenta - pura manipulação, mas muitos não detecta isso)
Ela entristecia-se ao pensar que o sistema de alguma maneira os venceu, eles estavam ali sendo comidos de dentro para fora...os dois iam se fechando, enquanto por dentro estavam sendo engolidos pela vitória do sistema...de alguma forma ele tinha vencido.
E ela e o marido pensaram que o amor tinha acabando...
Passou-se alguns anos...não se separaram, mas não se tocavam, ambos estavam murchando sem perceber.
Mas, no meio de toda essa inércia do amor na relação dessas duas pessoas, uma grande tristeza abateu o coração de todos os dois - ela estava doente.
A tristeza era imensa, mas serviu de forca para ambos; quando ele percebeu que iria perdê-la decidiu se aproximar.
Ele sabia que a doença dela chegou com os anos de tristezas, solidão - ainda que ambos estavam na mesma casa, ele sabia que ela poderia se curar. assim como pode se adoecer.
Bastava que ele a ajudasse a encontra de novo uma razão para viver...ele não deixaria a doença levá-la, não era hora deles se separarem.
Já tinham perdido muito, não iam agora perderem a eles mesmos!
E decidiram largar tudo, largar remédios, médicos, negócios - seus filhos poderiam ficar sem eles por um tempo, não perderiam o contato, apenas não iriam estar presente fisicamente.
Os filhos aprovaram a ideia dos pais e muito se alegraram de ver que seus pais ainda estavam unidos e não se deixaram corroer pelas "modernidade" do mundo (no mundo modernidade é sinonimo de promiscuidade, perversão, libertinagem, egoísmo, sadismo, vandalismo etc.)
O marido e ela se foram para bem longe do sistema, mesmo que usariam as coisas do sistema para sobreviver, não permitiriam que o sistema entrasse dentro de suas vidas, além do que eles permitiriam.
Ele pesquisou tudo sobre a doença da mulher, o que precisava para curá-la sem o uso de remédios, de médicos ou máquinas hospitalares.
Organizados e unidos se foram...se isolaram, e no meio da solidão, sem ninguém, sem outras pessoas, sem a competição entre as pessoas, sem as obrigações, sem a escravidão de horários e regras, sem as opiniões dos outros, eles descobriram que eles ainda eram os mesmos.
Eles pareciam ter mudados quando estavam ali dentro do sistema..mas, fora dele, se deram conta que eram os mesmo.
Ele a viu como se fosse a primeira vez, ela o viu como se ainda fosse aquele jovem impetuoso que a convenceu a segui-lo por toda a vida, que prometeu a ela seu amor eternamente.
O amor não acaba, o que acaba é a nossa confiança nele, a nossa crença de que ele acaba, foi nos dada pelo sistema e aceita por todos nós sem relutância.
A crença de que o amor não é para sempre, torna o amor leviano, pois as pessoas pensam que ele não é para sempre, passam então a encarar o sexo como algo mais sólido e viável, dedicam-se a colecionar parceiros, se perdem tentando se encontrar ou encontrar alguém que seja o que eles querem.
Não amam mais as pessoas, mas sim o que elas possam oferecer, amam o que refletem nelas; muitas vezes esperam que as pessoas tenham o que elas mesmos não podem oferecer aos outros.
As vezes amam as situações que as pessoas as colocam, amam os momentos da moda que estão vivenciando, mas não amam umas as outras.
Addi me contou os detalhes da redescoberta desse amor - e eu quis tanto que as pessoas soubessem que eu também acredito que o amor não acaba; adormece, se interioriza, se encrava no Ser de cada um, mas se o casal se isolar conscientemente, se dedicarem ele retorna com mais forca.
Não tem como recuperar (acordar) esse amor sozinha (o), se ela e ele não tivessem aceitado esse resgate do próprio amor que eles conheceram juntos, nunca poderiam ter sido novamente felizes.
Então, se alguma de vocês do outro lado está em busca de outro homem, apenas porque acha que o amor acabou, pense melhor; reflita bem sobre o que vai fazer...
Para que trocar seu marido por algum " pretenso lover" da internet...somente porque ele parece trazer mais vida, porque parece ser mais eloqüente, porque fala mais de sexo, de amor, que te parecer mais linda, jovem e atraente. No inicio tudo é assim....
Se seu marido é bom, se é bom pai, se é um homem que não deixa faltar nada a família, vale a pena ser fiel, tentar lutar pela família e por essa relação.
Invista de novo na sua família, na sua relação, ensine seu marido isso, gostem de ser fieis, isso é bom, a fidelidade cria laços entre as pessoas, é esses laços são mais preciosos que ouro, por isso o sistema está ensinando a gente a destruir isso, pois assim não ficamos unidos, a família não se torna sólida, os jovens não terão mais boa orientação dos pais , o sexo vai ser libertino e trazer conseqüências cruéis para nós, mas que beneficia o sistema e seus subsistemas.
Para que investir em outra pessoa, quando você já tem uma ao seu lado?
A outra pessoa, a nova outra pessoa, pode se tornar pior do que a que você já tem...pode te proporcionar uma vida de pesadelos, de te dar apenas uns anos de ilusão e depois mostrar outra face.
Se você está procurando um motivo para viver, talvez esse motivo seja melhor e maior quando você repensar sobre a realidade do mundo em que você vive...com mente analítica reflita, pense e analise todos os aspectos de sua vida.
Você precisa pensar nas conseqüências de todas as suas atitudes, principalmente se você tem filhos; se não existir violência entre você e seu marido, repense, não deixe o fim chegar assim.
A família precisa ser preservada, o amor precisa ser valorizado, a união entre todos deve ser exercitada.
Continua....