Alimentação: comida podre e saborosa
Ahe? Como é Natal, pronto, todos a comer doces e iguarias, não é?
Vergonha!
Mas "vergonha" por qual razão?
Bom, porque a comida ingerida neste período não é muito saudável mas, sobretudo, porque não temos ideia do que estamos a comer.
Por exemplo: os aromas. Estão presentes em qualquer comida, mas afinal que raio são estes aromas?
Peguem num iogurte. Ou yogurt, tanto faz. Aroma: morango. É bom o morango, não é? Mas como é obtido o aroma de morango?
É obtido assim: juntam-se num recipiente os seguintes produtos:
Eventualmente pode ser presente um pedacinho de morango também. Mas não
muito, pois custa e o risco é estragar a monstruosidade química que
acabámos de criar.
Este é o aroma de morango que, como afirmado, podemos encontrar nos yogurtes, mas também nos rebuçados, gomas de mastigar e outros produtos ainda.
Depois vais ao médico e descobres ter um cancro. Esquisito, nem fumas. Terá sido o morango? Nãaaaaaaao, nada disso. As leis são claras neste aspecto: é a quantidade que interessa. Se calhar um litro de idrossifenilP2-butanone pode criar alguns problemas, mas no aroma de morango a quantidade é mínima, está tudo controlado. Aliás, desconfio que se for o caso será possível encontrar um especialista para demonstrar que afinal o idrossifenilP2-butanone tem aspectos positivos. Por exemplo, pode combater os radicais livres, que estando livres são sempre perigosos.
Mas como reagem todos aqueles compostos juntos? Reagem bem na óptica da indústria alimentar, no sentido que permitem poupar dinheiro e não apodrecem tão facilmente. Agora, no organismo o discurso pode ser um pouco diferente, mas isso não tem muita importância. Depois lembrem: é a quantidade que interessa.
Vamos em frente.
Não há apenas os aromas: outro ingrediente sempre presente é o ácido cítrico. Este termo tranquiliza: "cítrico" vem de citrinos, por isso está tudo bem. Ou quase. Porque se for verdade que o ácido cítrico indica o normal sumo de limão, é também verdade que na industria alimentar de limões nem a sombra.
Explica Wikipedia:
É um fungo.
Seguimos o link e vamos ver a página de Wikipedia dedicada ao Aspergillus:
Exacto, isso mesmo. Mas há mais.
A versão italiana de Wikipedia explica que actualmente o ácido cítrico é produzido com o Aspergillus niger transgénico, criado no interior de bio-reactores em ambiente de baixo pH, bombardeado com iones de ferro.
Tudo natural, sem dúvida. Isso significa que todos o produtos com ácido cítrico contêm de facto pelo menos um elemento transgénico. Que como sabemos ajuda a combater os radicais livres.
E agora: vamos falar do aspartame? Não, não vale a pena. O aspartame é toda saúde (podem ler aqui e aqui).
Vamos ver o ácido fosfórico, presente na Coca-Cola e na quase totalidade das bebidas refrigerantes.
Do site Medicina Alive:
O estudo não é novo mas não perdeu validade: os pesquisadores pegaram em 932 pessoas da Carolina do Norte e analisaram os hábitos alimentares entre 1980 e 1982. Quem bebia duas ou mais latas de refrigerante por dia cedo ou tarde apresentava problemas renais. Os outros não. Um acaso, sem dúvida.
Todavia os pesquisadores concentraram as atenções num dos ingredientes, o nosso ácido fosfórico. Porque? Porque o dito cujo tem o vício de ligar-se ao cálcio dos ossos, deteriorando-o e aumentando a concentração de cristais e a agregação deles nos rins.
Uma pena, pois o ácido fosfórico tem outras propriedade que dão jeito no nosso organismo: por exemplo converte a ferrugem em fosfato de ferro (FePO4). Na prática: converte os radicais livres.
Quem não gosta de baunilha?
É boa, a baunilha. Mas é muito cara. E "cara" não rima com indústria alimentar. Por isso muitas vezes é substituída com vanilina.
É boa a vanilina. E nem é cara: é só pegar no guaiacol (obtido com a destilação do alcatrão da faia) e o metanal (H2CO, que é tóxico, inflamável e carcinógeno), mistura-se tudo e pronto, eis o aroma de baunilha.
Como alternativa, é sempre possível utilizar as sobras solfúricas da indústria do papel: estas contêm o ácido ligninsolfonico que, tratado com altas temperaturas, alta pressão, agentes oxidantes e alcalinos, cria vanilina.
Ok, se calhar dito assim a vanilina perdeu um pouco do seu fascínio: mas lembrem que é a quantidade que conta.
Até aqui alguns dos aromas. Mas nós costumamos engolir muito mais do que isso. Por exemplo, os aditivos alimentares. E neste âmbito o panorama é fantástico; são muitos e fazem todos bem (pois, como sabemos, combatem os radicais livres). Se os Leitores assim desejarem, podemos falar um pouco deste assunto.
Entretanto, uma pergunta que o Leitor já terá feito: "Mas que raio, tenho que ler todos os ingredientes antes de comer alguma coisa?".
Resposta: sim.
Ipse dixit.
Fontes: Medicina Alive, Wikipedia (várias vozes nas versões portuguesa e italia
Vergonha!
Mas "vergonha" por qual razão?
Bom, porque a comida ingerida neste período não é muito saudável mas, sobretudo, porque não temos ideia do que estamos a comer.
Doce morango
Por exemplo: os aromas. Estão presentes em qualquer comida, mas afinal que raio são estes aromas?
Peguem num iogurte. Ou yogurt, tanto faz. Aroma: morango. É bom o morango, não é? Mas como é obtido o aroma de morango?
É obtido assim: juntam-se num recipiente os seguintes produtos:
amil-acetato, amil-butirrato, amil-valerato, anetolo, anisil-formiato, benzil-acetato, benzile-isobutirrato, acido butirrico, cinnamil-isobutirrato, cinnamil-valerato, óleo essencial de conhaque, diacetile, dipropil-chetone, etil-acetato, etil-amilchetone, etil-butirrato, etil-cinnamato, etil-eptanoato, etil-eptilato, etil-iactato, etil-metilfenilglucidato, etil-nitrato, etil-propionato, etil-valerato, eliotropina, idrossifenilP2-butanone (solução 10% em álcool), alfa-ionone, isobutil-antranilato, isobutil-butirrato, óleo essencial de limão, maltolo, 4-metilacetofenone, metil-antranilato, metil-benzoato, metil-cinnamato, carbonato de metil-eptina, metil-naftilchetone, metilsalicilato, óleo essencial de menta, óleo essencial de neroli, nerolina, neril-isobutirrato, manteiga de iris, álcool fenetilico, etere de rum, gamma-undecalattone, vanillina.
Este é o aroma de morango que, como afirmado, podemos encontrar nos yogurtes, mas também nos rebuçados, gomas de mastigar e outros produtos ainda.
Depois vais ao médico e descobres ter um cancro. Esquisito, nem fumas. Terá sido o morango? Nãaaaaaaao, nada disso. As leis são claras neste aspecto: é a quantidade que interessa. Se calhar um litro de idrossifenilP2-butanone pode criar alguns problemas, mas no aroma de morango a quantidade é mínima, está tudo controlado. Aliás, desconfio que se for o caso será possível encontrar um especialista para demonstrar que afinal o idrossifenilP2-butanone tem aspectos positivos. Por exemplo, pode combater os radicais livres, que estando livres são sempre perigosos.
Mas como reagem todos aqueles compostos juntos? Reagem bem na óptica da indústria alimentar, no sentido que permitem poupar dinheiro e não apodrecem tão facilmente. Agora, no organismo o discurso pode ser um pouco diferente, mas isso não tem muita importância. Depois lembrem: é a quantidade que interessa.
Vamos em frente.
Magia: o limão sem limão
Não há apenas os aromas: outro ingrediente sempre presente é o ácido cítrico. Este termo tranquiliza: "cítrico" vem de citrinos, por isso está tudo bem. Ou quase. Porque se for verdade que o ácido cítrico indica o normal sumo de limão, é também verdade que na industria alimentar de limões nem a sombra.
Explica Wikipedia:
Em 1917, o químico americano James Currie descobriu que certos cultivos de Aspergillus niger podiam ser produtores eficientes de ácido cítrico, e a indústria Pfizer começou a produção em escala industrial usando esta técnica anos mais tarde.Aspergillus niger? Que raio é isso?
É um fungo.
Seguimos o link e vamos ver a página de Wikipedia dedicada ao Aspergillus:
Aspergillus niger é um fungo e é uma das espécies mais comuns do gênero Aspergillus. Ela provoca uma doença chamada mofo-preto em algumas frutas e legumes como uvas, cebolas e amendoim, e é um contaminante comum de alimentos. Ele é onipresente no solo e é comumente relatado em ambientes internos, onde suas colônias pretas podem ser confundidas com as de Stachybotrys (cujas espécies são também chamadas de "bolor-negro").Ok, então tentamos perceber: nós engolimos como ácido cítrico um fungo que provoca bolor e é suspeito de conter micotoxinas?
Tem sido relatado que algumas cepas de A. niger produzem potentes micotoxinas chamadas ocratoxinas, mas outras fontes discordam, alegando que este relatório é baseado em erros de identificação das espécies fúngicas. Evidências recentes sugerem algumas A. verdadeira cepas de A. niger produzem ocratoxina.
Exacto, isso mesmo. Mas há mais.
A versão italiana de Wikipedia explica que actualmente o ácido cítrico é produzido com o Aspergillus niger transgénico, criado no interior de bio-reactores em ambiente de baixo pH, bombardeado com iones de ferro.
Tudo natural, sem dúvida. Isso significa que todos o produtos com ácido cítrico contêm de facto pelo menos um elemento transgénico. Que como sabemos ajuda a combater os radicais livres.
E agora: vamos falar do aspartame? Não, não vale a pena. O aspartame é toda saúde (podem ler aqui e aqui).
Vamos ver o ácido fosfórico, presente na Coca-Cola e na quase totalidade das bebidas refrigerantes.
Pedras e ferrugem
Do site Medicina Alive:
Beber duas ou mais latas de bebidas com base a cola por dia, normal ou dietéticas, implica o risco duplo de contrair doenças crónicas renais e formar "pedras". Este é o resultado do estudo Carbonated Beverages and Chronic Kidney Disease publicado pela revista Epidemiology.
O estudo não é novo mas não perdeu validade: os pesquisadores pegaram em 932 pessoas da Carolina do Norte e analisaram os hábitos alimentares entre 1980 e 1982. Quem bebia duas ou mais latas de refrigerante por dia cedo ou tarde apresentava problemas renais. Os outros não. Um acaso, sem dúvida.
Todavia os pesquisadores concentraram as atenções num dos ingredientes, o nosso ácido fosfórico. Porque? Porque o dito cujo tem o vício de ligar-se ao cálcio dos ossos, deteriorando-o e aumentando a concentração de cristais e a agregação deles nos rins.
Uma pena, pois o ácido fosfórico tem outras propriedade que dão jeito no nosso organismo: por exemplo converte a ferrugem em fosfato de ferro (FePO4). Na prática: converte os radicais livres.
Baunilha!
Quem não gosta de baunilha?
É boa, a baunilha. Mas é muito cara. E "cara" não rima com indústria alimentar. Por isso muitas vezes é substituída com vanilina.
É boa a vanilina. E nem é cara: é só pegar no guaiacol (obtido com a destilação do alcatrão da faia) e o metanal (H2CO, que é tóxico, inflamável e carcinógeno), mistura-se tudo e pronto, eis o aroma de baunilha.
Como alternativa, é sempre possível utilizar as sobras solfúricas da indústria do papel: estas contêm o ácido ligninsolfonico que, tratado com altas temperaturas, alta pressão, agentes oxidantes e alcalinos, cria vanilina.
Ok, se calhar dito assim a vanilina perdeu um pouco do seu fascínio: mas lembrem que é a quantidade que conta.
...e há mais!
Até aqui alguns dos aromas. Mas nós costumamos engolir muito mais do que isso. Por exemplo, os aditivos alimentares. E neste âmbito o panorama é fantástico; são muitos e fazem todos bem (pois, como sabemos, combatem os radicais livres). Se os Leitores assim desejarem, podemos falar um pouco deste assunto.
Entretanto, uma pergunta que o Leitor já terá feito: "Mas que raio, tenho que ler todos os ingredientes antes de comer alguma coisa?".
Resposta: sim.
Ipse dixit.
Fontes: Medicina Alive, Wikipedia (várias vozes nas versões portuguesa e italia
retirado do blog: http://informacaoincorrecta.blogspot.de/2012/12/alimentacao-comida-podre-e-saborosa.html